Dia 18 de Janeiro comemorou-se o 84.º aniversário do fim da greve mais duradoura realizada nas minas de Aljustrel. Com efeito, esta luta, em 1921, por aumentos salariais, com duração de mais de seis meses, acabaria vitoriosa, tendo igualmente constituído um dos momentos mais marcantes de solidariedade, pois que, enquanto durou a greve, muitos filhos de mineiros estiveram em casa de operários em Lisboa, dado que os seus pais em luta não tinham meios de subsistência.
Passados 84 anos, a luta dos mineiros de Aljustrel mantêm-se. Para ontem, o Ministério da Economia convocou uma reunião com a direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira sobre as

Pirites Alentejanas.
Os trabalhadores haviam decidido recorrer à greve, caso a administração da empresa não respondesse às reivindicações de aumentos salariais e retoma da extracção. Tinham ainda decidido fazer a entrega do pré-aviso, hoje, quinta-feira, se não obtivessem as respostas pretendidas.
«Como a administração marcou a reunião para o dia 23, argumentando a ausência do seu presidente, então, só nesse dia se saberá se é necessário ou não fazer a entrega do pré-aviso de greve. Nesse caso e devido a prazos legais, a greve será para o dia 9 de Fevereiro», anunciou, terça-feira, em nota de imprensa, o sindicato, filiado na CGTP-IN.